A reestruturação da cadeia produtiva do dendê, o fortalecimento dessa cultura na Bahia e a construção de um Plano de Salvaguarda das Baianas de Acarajé foram tema de uma reunião intersetorial realizada nesta terça-feira (23) na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), com a participação de representações da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivos (ABAM), da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e das Secretarias da Agricultura (Seagri), Cultura (Secult) Desenvolvimento Rural (SDR) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).
Durante o encontro, especialistas traçaram um perfil do panorama atual, observando a complexidade que envolve a cadeia produtiva do dendê, desde os processos agrícola, econômico e cultural. No encontro foram definidos encaminhamentos visando à construção de uma política pública em benefício da cultura do dendê no estado, que é o maior consumidor do produto no país, mas responde apenas por 2% da produção nacional.
Em debate, também, medidas necessárias para a salvaguarda do ofício de baiana de acarajé, reconhecido como patrimônio imaterial desde 2005. Segundo levantamento do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), vinculado à Secult, 42 dos 417 municípios do estado tem baianas de acarajé cadastradas. A Setre afirmou o compromisso de oferta de vagas para as baianas de acarajé na etapa 2024 do Programa Qualifica Bahia, que será lançada em maio, além da oferta de equipamentos padronizados para essas profissionais.
No final de maio, o grupo volta a se reunir para apresentar o resultado dos primeiros encaminhamentos. Participaram da reunião o secretário da Setre, Davidson Magalhães; a secretária da Sepromi, Ângela Guimarães; da Superintendente da Sepromi, Mercia Porto; da coordenadora da ABAM; Rita Santos; da diretora de Patrimônio Imaterial do IPAC, Adriana Cerqueira: do assessor técnico do gabinete da Seagri, Carlito Nunes; do professor da UFBa, Alcides Caldas, entre outros.
Ascom Setre